3 de janeiro de 2014

2013/ 2014

2013 foi sem dúvida um grande ano. Um ENORME ano.
E não o foi só porque é giro dizer isto ou só porque sim. Foi-o de verdade. Foi-o por inteiro, por dentro e por fora. E por isso decidi fazer um balanço deste ano tão especial para mim.
Profissionalmente foi o primeiro ano inteiro que passei na empresa onde trabalho actualmente. Foi o ano que me fixei um bocadinho mais no meu cargo e cimentei um pouquinho mais a minha posição na equipa. E só por isto, já foi um bom ano.
Mas foi um ano muito mais importante a nível pessoal.
Foi o ano da maior mudança da minha vida.
Sai de casa dos meus pais pela primeira vez em 27 anos de vida. Sai exactamente a meio do ano e seis meses depois, posso dizer que as saudades são enormes, mas que neste momento não me vejo em qualquer outro sitio a não ser na minha casa. Os primeiros dias foram duros, doeu-me por dentro e sei que o marido lindo de morrer se apercebeu disso. Fui para a minha casa, é bem verdade. Fui viver com ele e ia muito feliz por isso. Mas também fui com o coração pequenino por deixar para trás aqueles que foram meus e só meus durante toda a minha vida. E não apenas e só porque os deixei a eles os quatro: pais, mana e avó. Mas também porque deixei o meu cão (a quem vou subornando com biscoitos cada vez que lá vou, com medo que se esqueça de mim), e deixei ainda o meu mundo; o meu espaço. Durante 27 anos nunca mudei de casa (costumo dizer é que a casa foi mudando por mim), nunca conheci outro espaço para viver a não ser aquele. Nunca vivi noutro quarto e este também foi um elemento que me custou abandonar. Mas para todos, foi apenas um até já.
E sai de casa dos meus pais por um bom motivo: para ir para um sitio e para uma companhia igualmente bons. Para ir ser feliz, e é isso que seis meses depois desta saída posso dizer que sou: Sou feliz. Tão feliz ali, como fui durante 27 anos no nr X daquela Rua Y de Lisboa. E isso é o mais importante. Fui viver a minha vida. Não uma outra vida, mas uma vida diferente e igualmente boa. Apenas diferente.
Na sequência disto, 2013 foi assim o ano em que eu e o meu amor nos tornámos um só. Não só porque vivemos o dia mais espectacular das nossas vidas, a 7 de Setembro, mas também porque tres meses antes, a 7 de Junho, fomos viver juntos. E que grande prova de vida; de esforço, é duas pessoas começarem a viver juntas. É uma prova diária, mas é tão bom também. E parece que foi tão fácil, senhores! Houve dias em que sentia que já vivia com ele há anos. Em que aquela partilha não era recente, mas sim de há décadas, tal era a intrusão das nossas vidas. Das nossas almas. Dos nossos corpos.
E mais uma vez... Nesta sequência deu-se o dia 7 de Setembro. Sim, porque 2013 foi tudo o que já disse em cima, mas foi essencialmente e acima de tudo o ano do meu casamento. Foi o ano em que disse ao homem que amo que estarei com ele para o resto da vida. E não lho disse apenas à frente de quase 140 pessoas. Disse-o perante Deus e posto isto, não pode haver compromisso maior.
Dir-lhe-ia tudo de novo hoje e sei que daqui a vários meses... até anos, vou pensar desta forma: Dir-lhe-ia tudo de novo!
2013 foi o ano em que vivi o melhor dia da minha vida. Foi soberbo, memorável, inesquecível. Foi feliz, tão feliz. Fomos felizes, tão felizes. Fui feliz; soberbamente feliz neste dia.
Foi um dia de amor. Entre nós, mas também entre todos os presentes naquela festa. Ouvir ainda hoje de amigos e família que o nosso casamento foi o mais giro ou divertido a que já foram, é algo que me deixa a transbordar de alegria e orgulho.
E digo orgulho, pois 2013 foi também o ano em que pus completamente à prova todas as minhas capacidades organizativas e em que provei a mim mesma e a todos que sempre me intitularam como uma organizadora nata, que de facto o sou. Sem o marido lindo de morrer nada teria sido possível, ninguém organiza bem (e atenção que aqui digo “bem”) um casamento sozinho. Mas sei que se não fosse a minha mania das check lists e do caderninho sempre colado a mim, as coisas podiam ter sido muito mais complicadas. E nada me deixa mais orgulhosa do que saber que vários dias antes do casamento não tivemos mais de nos preocupar com ele, pois tudo estava pronto e tratado. Isto não é para todos. E desculpem a falsa modéstia, mas sinto-me mesmo orgulhosa por isso. Por mim! Por nós.
Mais uma vez na sequência disto, 2013 foi o ano em que fiquei alojada pela primeira vez num resort de 5 estrelas e fui tão feliz por lá J

Mas 2013 não teve somente coisas boas.
Em momento de balanço não é possível esquecer a minha luta contra um problema que ainda hoje não sei bem o que é.
2013 foi um ano de luta; foi um ano de dor (física e psicológica). E isto não me permitiu que o ano fosse perfeito. Sinto que mesmo depois de tantasssss consultas; milhares de tratamentos (perdi-lhes literalmente a conta); depois de uma cirurgia a laser e de muita dor, hoje... quase a acabar o ano, os sintomas andam cá quase todos. Perante isto, não sei muito bem o que fazer, mas sei que uma das melhores ajudas para isto é ir arrumando o assunto no fundo da gaveta e ir vivendo o melhor possível apenas lidando diariamente com aquilo que de facto tenho de lidar. Por dentro, há muita coisa por resolver na minha cabeça relativamente a este assunto. Existem muitos medos, muitas angústias e essencialmente muita mágoa por sarar. Mas o medo é o maior de tudo. Medo do desconhecido, pois se há qualquer coisa mal, que independentemente do que se faça, permanece mal... há aqui algo que todos desconhecemos. E isso gera medo. No fundo parece que quase já tenho a certeza de que 100% bem, jamais estarei. E isso dá tanto medo. Por mim, pelos que me adoram e não me querem ver sofrer, mas também pelo meu casamento e pelos efeitos nefastos que este problema pode vir a trazer ao mesmo.
Mas o futuro a Deus pertence e não há “bela sem senão” e este foi o meu “senão” de 2013.
Quanto a 2014, mais uma vez penso que o futuro a Deus pertence, por isso se for tão bom como 2013, já será com toda a certeza um grande ano.
Peço apenas muita saúde para todos os que mais amor. Peço que não nos falte trabalho e que, se possível, o marido lindo de morrer consiga uma mudança boa nesta área. Se não conseguir, pelo menos que o actual se mantenha :)
Saúde, muita saúde para todos :)


O dia que marcou o meu ano :)



5 comentários:

Sarah in Wonderland disse...

Minha querida, desejo que a tua saúde melhore.
Um enorme beijinho e que este ano sejas ainda mais felizzzz!

Maria do Mundo disse...

Muito boa saúde. Física e no fantástico casamento.

Opinante disse...

Tudo de bom minha querida e que a saúde reine na vossa casa! Feliz 2014!

sushi disse...

Percebo te bem, tb o meu ano foi marcado por esse dia fantástico! Tudo de bom princess! beijinhos

Miss S. disse...

Muitas felicidades! 2014 que te traga muita saúde, paz e amor!