5 de outubro de 2012

Primeiro bebé concebido com sémen do banco público nasce este mês

"O primeiro bebé concebido com recurso a sémen de dador do banco público de gâmetas vai nascer este mês, tendo as amostras recolhidas sido utilizadas para três dezenas de ciclos de tratamento contra a infertilidade.

Isabel Sousa Pereira, responsável pelo Banco Público de Gâmetas, instalado na Maternidade Júlio Dinis, no Porto, disse à Lusa que, desde que foi criado, foram realizados cerca de três dezenas de ciclos de tratamento através de Inseminação Intra-Uterina (IIU), Fertilização In Vitro (FIV) e Injeção Intra-Citoplasmática (ICSI) com sémen de dador.

Estes tratamentos apresentam uma taxa de gravidez de 23,1%, o que "está dentro dos resultados esperados e cientificamente aceites", segundo Isabel Sousa Pereira.

A especialista disse que, até ao momento, foram observados cerca de 100 candidatos a dador de sémen, embora nem todos tenham sido aceites por não respeitarem as regras protocoladas.
Dos candidatos masculinos aceites, dez terminaram a quarentena e as suas dádivas já têm vindo a ser usadas. A terminar a quarentena estão outros dez.

No banco regista-se um menor número de candidatas femininas (dadoras de óvulos), tendo até hoje sido completados dois ciclos de tratamentos (FIV/ICSI) e estando em curso outros.

Isabel Sousa Pereira esclareceu que as doações só começaram a ser disponibilizadas a partir de fevereiro, pelo que os primeiros recém-nascidos de gravidez de termo só nascerão a partir do final deste mês e durante o mês de novembro. Ocorreu um parto, mas foi prematuro.

Para já, as amostras - sémen e óvulos - ainda não estão a ser disponibilizadas para outras instituições públicas, pelo que os casais que necessitem de gâmetas doadas têm de ser atendidos no Centro Hospitalar do Porto.
(...)

Retirado do JN online

O assunto é polémico e acarreta muitas críticas e opiniões menos boas, mas quanto a mim parece-me muito bem a existência deste banco. Ninguém é obrigado a ser dador, e muito menos alguma mulher é obrigada a ser receptora em caso de infertilidade. Simplesmente existe aqui mais uma oportunidade de escolha e principalmente de ajuda a quem precisa e está disposto a usá-la.

E vocês o que acham?

7 comentários:

Sheena disse...

Acho muito bem! Sinceramente nem percebo a polémica!

Pretty in Pink disse...

Eu ainda não pensei muito no assunto, mas assim a uma primeira abordagem não me parece mal...

Beijinho*

Unknown disse...

O ser humano é livre. Quem não concorda também não tem de fazer

Unknown disse...

O ser humano é livre. Quem não concorda também não tem de fazer

ponguinho disse...

Eu acho óptimo que já possa ser feito. Nunca sabemos o dia de amanhã. E tudo o que possa tirar sofrimento a famílias e trazer felicidade, para mim, é sempre benéfico :)

Sarah in Wonderland disse...

Sou a favor para casais que não consigam ter filhos, mas sou contra o uso por mulheres solteiras. Na minha opinião, um filho é para ser criado por um casal.

Boboquinha disse...

Pena que vem com duas décadas de atraso!