E tudo isto me leva a Setembro de 2008, onde também num acidente de automóvel perdi um primo, na flôr dos seus 33 anos. Poderão passar anos e anos, que jamais esquecerei aquele dia, aquela sensação de horror, de impotência, de perda... Jamais esquecerei tudo o que vivemos naqueles dias até ao funeral, e jamais esquecerei a brutalidade de sentimentos que nos assolam num momento destes. Quase 4 anos depois, lembro-me de cada pormenor do que vivemos como se fosse hoje.
Já tinha perdido outros familiares, principalmente a minha avó paterna quando eu tinha apenas 18 anos, mas nada se assemelhou a isto. Demorei quase um ano a conseguir aceitar minimamente a sua perda.
Mas quero muito acreditar que o meu primo, que era tão próximo de mim e me dizia tanto, está num sitio bonito, juntamente com o Angélico e tantos outros jovens que partem prematuramente todos os dias.
Quero muito acreditar que era o destino dele partir naquele dia, aquela hora.
E quero muito acreditar que a forma enérgica, intensa e poderosa com que ele viveu a vida, fez com que tivesse partido feliz e com a sensação de que tinha vivido muito.
Mas mesmo assim, ainda tinha muito mais para viver e a revolta pela sua partida ainda hoje paira no meu espírito! (mesmo que mais branda e suave, acho que ela nunca irá deixar-me)
E é por tudo isto que sinto uma solidariedade enorme com toda a família do Angélico e principalmente com a sua mãe. Acredito que para uma mãe, a perda de um filho é uma coisa tão brutal que jamais se conseguirá recuperar das trevas, mesmo com o passar dos anos e o atenuar da dor. (Ela atenua, mas nunca passa!)
8 comentários:
Perder um filho é contra natura.
Devia de ser proíbido.
A minha filha era amiga dele e ainda hoje chora com a sua ausência.Tem sofrido muito.
O Angélico partiu no mesmo dia que o meu pai...
É uma data muito triste... Para mim, e não só...
Perder alguém provoca sempre grande dor mas perder um filho deve ser a maior que existe neste mundo. Eu choro só de pensar!
è muito triste sim...
Pelos Angélicos da vida e pelas mães que "morrem" tambem naquele dia....
Como diz a amiga da onça...é anti natura....
lamento a morte do teu primo
Mil beijinhos
Sandrinha - Um beijinho e força.
É muito triste de recordar. Não era fã dele, nada disso, mas parecia-me um rapaz muito sensato e boa pessoa.
Sandrinha um enorme beijinho, pois acredito que não é nada fácil passar estes dias onde as recordações parece que ficam ainda mais frescas! Muita força :)
Não consigo imaginar a dor de uma mãe ou um pai ao perder um filho. É verdade que o tempo atenua mas não faz com que passe, pois só de ler o que escreves-te sobre o nosso primo as lágrimas caiem-me pela cara sem que as consiga conter.
Eterna Saudade.
M.
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